Imigração bucovina para a América do Norte

e breve história da Sociedade Bucovina das Américas,

 preparada para a Bucovinafest – Brasil 2001.

 Irmgard Hein Ellingson[i]

Grafton, Iowa/USA

Posted on the World-Wide Web by the Bukovina Society of the Americas,
with permission of Irmgard Hein Ellingson on 27, July 2003

This article in English


 

É um prazer saudar-vos através de milhas, queridos patrícios. Envolvi-me em pesquisa sobre a Bucovina desde 1980, quando meu marido se tornou pastor da Igreja Luterana de São João em Ellis, Kansas. Desde  então  tive oportunidade de encontrar descendentes bucovinos nos Estados Unidos, Canadá e Alemanha. Encontrar-me  com vocês e compartilhar destes maravilhosos dias seria um grande privilégio para mim. Talvez um dia, se Deus quiser,  poderei fazer isto.

 

I. Introdução

A Bucovina foi a mais oriental colônia do Império Austríaco após sua anexação em 1775. Esta área rural de 10.422 km2 na curva oriental externa das Montanhas Carpáticas, foi esparsamente povoada por cerca de 60 mil pobres camponeses e pastores. Assim, a Bucovina se tornou meio internacional, com poloneses, ucranianos, romenos, judeus, alemães, sérvios, croatas, eslovacos, húngaros, armênios e pessoas de outras nacionalidades que foram para lá, em resposta à política de tolerância religiosa e aos programas de colonização de Maria Theresa e seu filho José II. Em cerca de 10 anos, a população da região tinha mais do que dobrado. Em 1880, ou em um século, tinha se multiplicado 10 vezes. Os dados do censo regional de 1880 informam que 12% do total da população era de judeus, com o remanescente  de ucranianos (42%), romenos (33%), alemães (19%), e poloneses (3%), com menor número de húngaros, eslovacos e outros. Estas porcentagens permaneceram razoavelmente as mesmas até 1910[ii]

A economia da Bucovina permaneceu agrícola com muito de sua terra de propriedade e administrada pelo Fundo de Religião do Estado. As terras foram divididas e redivididas entre os herdeiros assim que se tornou impossível sustentar uma família em uma propriedade, mesmo com um ganho suplementar do trabalho de sapateiro, fabricante de barricas ou de ferreiro. Este fato, e o mencionado rápido crescimento da população, contribuiu para a emigração da Bucovina, começando nos anos de 1880.

Naquele tempo agentes de viagem recrutaram imigrantes alemães para as Américas através de publicações em jornais da Bucovina e panfletos distribuídos nas cidades e vilas. Uma pesquisa de 1913 encontrou em arquivos de Czernowitz informações de que 33.369 cidadãos deixaram legalmente o país nos anos de 1880 a 1913. Perto de 90% informaram a América do Norte como destino. Dr. Kurt Rein estimou que outros 10 a 12 mil podem ter emigrado ilegalmente para evitar o serviço militar. Por esta razão, o número de bucovinos emigrantes pode ter sido de cerca de 40.000, ou aproximadamente 4 – 5%  da população. Muitos destes eram judeus e alemães e comparativamente poucos eram romenos e húngaros, de acordo com o Dr. Rein, que logo em seguida observa que 40% dos emigrantes alemães eram boêmios, 25% suábios, 10% Zipser e 25% de várias outras origens.[iii].

Os emigrantes viajaram primeiro de trem por alguns dias até Bremen, Hamburgo ou outros portos europeus, e então de vapor por duas semanas para portos de entrada americanos, tais como Nova York, Baltimore, Galveston e New Orleans, ou a cidade Canadense de Quebec.  Destes portos viajaram novamente de trem por alguns dias para chegar a um centro de imigração bucovina. Entre estes, incluía-se o condado de Ellis, no Estado de Kansas, a área de Edenwold no Distrito de Assiniboia, perto de Regina (agora Província de Saskatchewan, Canadá), Yuma no Estado de Colorado, Condado de Lewis no Estado de Washington, assim como Chicago e a cidade  de New York.  Grupos menores, ligados pela fé batista, assentaram sua colônia perto de Pocatello, nos Estados de Idaho e Waco no Estado do Texas.

 

II. Ellis County, Kansas/USA

 

O que vem à mente de vocês quando ouvem a palavra “Kansas”? Alguns de vocês podem imaginar intermináveis campos de trigo e outros  podem visualizar pastagens como as estepes. Os alemães-bucovinos estabeleceram-se no noroeste do Condado de Ellis que não se ajusta a estes estereótipos. Ao Norte da Cidade de Ellis, a pradaria segue para as Colinas Arien, tão intacta e natural como quando Willian G. Cutler as descreveu em sua História do Estado de Kansas, de 1883. Mais ao Norte, junto à linha de Rooks County, corre o rio Salina. Há duas regiões em que os imigrantes bucovinos se estabeleceram no início do verão de 1886. Eles provavelmente não ouviram o que Cutler tinha escrito “... [Ellis] é rodeada por um terreno áspero, quebrado, completamente impróprio para fins agrícolas, assim que o aproveitamento desta terra é muito limitado”[iv]

 

Por quê Ellis? Cutler escreveu que era o final da terceira  divisão da estrada de ferro Kansas Pacific, cuja casa de máquinas e armazéns de máquinas empregavam muitos homens. Desapareceu com a Union Pacific, que continuou a anunciar e a vender suas terras a emigrantes bucovinos na virada do século. Contudo, algumas famílias chegaram quando o domínio da terra para residência ainda era possível. Muitos compraram terras da estrada de ferro nas proximidades, a baixo custo e estabeleceram uma comunidade rural estendendo-se para o  Oeste, até Trego County e para o Norte até Rooks County [v]

Os primeiros emigrantes bucovinos no Distrito de Ellis, uma subdivisão de Ellis County, foram luteranos que se estabeleceram lá em 1886. Johan Huber, o lider deste grupo, nasceu na Bucovina, em Vicov de Baixo (Unter Wikow) e casou-se com Klara Zachmann em Illischestie em 1871. Ele, sua mulher e os filhos estavam acompanhados de dois irmãos de Illischestie, Philipp e Jakob Ast, suas esposas, Henriette König e Regina Sobolka, e os filhos pequenos. A imigração seguinte trouxe para Ellis County os irmãos Ast, Zachmann, Huber e König, assim como outros parentes.

No mesmo ano, 1886, o católico Franz Erbert, de Buchenhain (Poiana Mikuli) encontrou  os prospectos sobre Ellis County. Retornou em 1887 com a esposa Rosalia Reitmeyer e os filhos. Acompanhavam-no Franz Flachs e sua esposa Franziska Augustin, Joseph Tauscher e a mulher Theresa Bena e seus filhos.

Eileen Langley observou que quase todas as 50 famílias que vieram de Illichestie, Fratautz, e Tereblestie para Ellis, eram Luteranos, e que 36 famílias que vieram de Fürstental e Poiana Miculi eram católicas.[vi] Estes dados foram constatados pela pesquisa do registro e censo, dos Drs. Forsythe e Schmeller, que documentaram 30 famílias alemãs bucovinas no condado de Ellis, em 1895, 81 em 1905, 110 em 1915 e 140 em 1920. Havia também 18 famílias alemãs-bucovinas em Trego County e três em Rooks County.[vii]

Minha pesquisa com a comunidade luterana chegou aos seguintes nomes de famílias: Armbrüster (atualmente Armbrister ou Armbruster), Ast (Aust), Deutscher, Fries, Huber, Irion, Janz, Keller, Kelsch, Kerth, Knieling, König (atual Koenig ou King), Mai, Massier, Reich, Rumpel, Sauer, Schäfer, Schönthaler ou Schonthaler, Tomasheck, Wendling, Werb, Zachmann, and Zerfass. Os imigrantes católicos Joseph Bozowicki, Johann Kuppetz e Peter Tomasheck casaram-se na Bucovina com mulheres luteranas antes da imigração, ou casaram-se com elas em Kansas e optaram por participar da comunidade luterana.

Os luteranos não tiveram condições de organizar sua própria congregação até 1897, quando compraram três acres de terra localizados a seis milhas (mais ou menos 10,5 km) ao Norte e uma milha (1,8 km) a Leste de Ellis para a sede da Igreja Luterana de São João e mais tarde um presbitério e escola de educação cristã. Dez anos mais tarde, foi formada oficialmente uma segunda congregação cristã luterana na cidade de Ellis.   Poucas famílias, posteriormente, se reuniram em uma igreja batista em Ellis ou se envolveram com a confissão adventista do Sétimo Dia. Para a maior parte, contudo, estas famílias tendiam a permanecer na fé de seus ancestrais e ficaram na colônia estabelecida por seus antepassados imigrantes. Quando eu vivi com eles, nos distantes anos de ‘80, notei que tinham um profundamente enraizado Stolz, palavra alemã que significa orgulho e independência, assim como uma certa reserva emocional equilibrada por uma hospitalidade amigável. Talvez sua mais significativa contribuição para suas comunidades é sua tenaz determinação. Embora outros tenham se mudado, muitos imigrantes de Illischestie e seus descendentes preferiram aguentar o calor, a seca, pragas de gafanhotos e privação financeira para ficar junto às terras altas do Kansas.

Na página 49 de seu livro Bohemian Germans in Kansas, Oren Windholz lista estes nomes de famílias católicas bucovinas: Aschenbrenner, Augustine, Baumgartner, Beer, Erbert, Flax, Fuerch, Gaschler, Geschwentner, Gnad, Hoedel, Honas, Kisslinger, Kappel, Kohlrus, Koslowski, Kubbitz (Kuppetz?), Kucharek, Landauer, Lang, Nemeczek, Neuburger, Rach, Rankl, Reitmayer, Schneller, Schuster, Seibel, Seidel, Tauscher e Weber. Nomes adicionais de famílias de esposas de imigrantes foram: Fuchs, Muehlbauer, Haas, Stadler, Bena, Schindelar, Hackl, Eigner, Straub, Adelsberger e Beuer.

Estes católicos boêmios adquiriram terras de agricultura mais junto à cidade do que os luteranos, tanto que dentro de poucos anos de imigração eles estavam trabalhando em empresas ou fazendo negócios em Ellis e também participavam na política local. Suas chegadas mais antigas coincidiram com a construção da Igreja católica de Santa Maria em Ellis que começou em 1888. Desde o começo, portanto, eles praticaram a religião com outros católicos, incluindo imigrantes irlandeses e checos e alemães do Volga, da Rússia. A primeira igreja foi substituída cerca de vinte anos mais tarde por uma bonita e magnifica construção de pedra calcárea de Fort Hays, que se pode encontrar nesta parte do condado. Para conseguir a pedra para a construção,  era removida a terra de grossas camadas de rocha que eram então perfuradas com trados manuais. Eram inseridas cunhas nos buracos e então batidas com uma marreta até a rocha se partir em duas. Estas pedras foram usadas para a construção da igreja. Esta foi uma grande obra, sem modernos guinchos ou ferramentas pesadas, uma vez que cada pedra pesava entre 50 e 100 libras.[viii]

Apesar de ambos os grupos falarem a mesma língua e compartilharem o lugar de origem, sua interação em Kansas era limitada. Oren Windholz observa que ambos, católicos e luteranos, desanimaram de se relacionar socialmente e de realizarem casamentos entre si, mas isto ocorria tanto quanto na Bucovina [ix] Apesar de ambos os grupos falarem a mesma língua e compartilharem o lugar de origem, sua interação em Kansas era limitada. Oren Windholz observa que ambos, católicos e luteranos, desanimaram de se relacionar socialmente e de realizarem casamentos entre si, mas isto ocorria tanto quanto na Bucovina.[x]

Em virtude do declínio da economia agrícola, uma indústria de óleo instável, e crescente baixa dos níveis de água, a população de Ellis County foi caindo nos anos recentes. O povo se mudou e continua se mudando para Wichita e Kansas City, para Denver e Colorado Springs, bem como para Phoenix e Los Angeles. Mas você pode andar ao longo das estradas da região Norte de Ellis e ainda ver as casas de pedras lascadas e as construções das plantações abandonadas pelos bucovinos pioneiros e pode ainda ver seus descendentes plantando a terra e trabalhando em comunidade.

Você pode saber mais sobre os assentamentos de bucovinos no Kansas lendo meu livro The Illischestie Germans in Kansas: A 200-Year History of the Lutheran Swabians e o livro de Oren Windholz Bohemian Germans in Kansas: A Catholic Community from Bukovina. (“Os alemães de Illischestie no Kansas: Uma História de 200 anos dos luteranos suábios” e “Boêmios alemães no Kansas: Uma comunidade católica da Bucovina)

 

III. Saskatchewan Province/Canada

 

As planícies americanas do Norte são espaços com altas pastagens ondulantes, flores silvestres, bosques de faias (álamos), e animais grandes e pequenos.  A despeito de uma curta e seca estação de crescimento, esta terra produziu  colheitas de trigo de 40 a 50 “bushels” por acre nos anos 880s, que comoveram os recém chegados alemães da área de Dobruja no Mar Negro. Entre eles estava Phillip Butz, que nasceu em Fratautz, na Bucovina, e adulto, uniu-se ao movimento religioso batista e emigrou para Dobruja no final dos anos 1870[xi] Suas cartas de 1889 para seu irmão e para seus cunhados luteranos Mang em Satulmare resultaram na emigração de um grupo de pessoas das famílias Mang, Galenzoski, Reichel e Sauer, de Satulmare e a família Kornelson de Itzkani, Bukovina[xii]

Butz e os emigrantes de Dobrudja viviam num assentamento que eles denominaram de Nova-Tulscha (também pronunciado Nova – Tulcea ou Nova Tulscha), primeiro assentamento de 1885. De acordo com vários relatos, o nome foi mudado quando o Reverendo H. Schmieder, um missionário luterano veio para o distrito em 1889. Ele contou a Philip Mang Sênior, que o lugar o fez lembrar do Jardim de Eden (Paraíso). Mang estava talvez pensando nos muitos bosques de faias quando ele disse que lhe pareciam mais a matas do que jardim e assim mencionou o nome “Edenwald”. Este nome foi enviado para Ottawa, a capital canadense, para registro, mas um erro do escrevente colocou um “o” em lugar do “a”, e a grafia Edenwold.

A Edenwold citada nos primitivos registros era uma vasta área abrangendo centenas de milhas quadradas nos Territórios a Noroeste do Canadá, que eram então todas as terras ao oeste de Manitoba. Na época, na Áustria, circulavam panfletos descrevendo as oportunidades no Canadá, onde homens com 18 ou mais anos poderiam conseguir 160 acres de terra para livre residência da família, com o pagamento de uma taxa de 10 dólares. Os imigrantes invadiram o Canadá, para descobrir, na chegada, que primeiro teriam que limpar a terra, antes de poder plantar alguma coisa. Eles fizeram seus requerimentos e construíram suas casas usando vigas de troncos com massa de barro para as paredes e cobertura de capim no telhado.[xiii]

Cartas de famílias dos primeiros imigrantes e os panfletos convenceram outros a seguir o grupo para o Canadá. As chegadas de 1890 citadas na história da Comunidade Edenwold Where AspensWhisper  (“Onde as alamedas sussurram”) incluem famílias Mang, Miller, Kohlruss, Brodt, Flaman e Schmidt de Satulmare; as famílias Karschmarski, Presser, Leibel, Miller, Koch, e Ritter de Badeutz; famílias Ast e Rumpel de Illischestie; uma família Huber de Fratautz; “Frank, Adam e filho” de Itzkani, famílias Karst e Agopsowicz de St.Onufry e uma família Koch de Arbore.

A lista do livro das chegadas de 1891-1892 inclui as famílias Mang, Leib, Weber, Sauer, Miller, Kohlruss, Tobias, Jaeckel, Schmidt (Satulmare), Zurowski, Stoudt, Galenzoski, Frombach, Schmidt, Lanz, Silzer, Goettel, Hamann, Walter, Wagner, Uhl, e Grandel. Um exame posterior do livro Where Aspens Whisper (“Onde as alamedas sussurram”) indica que nos anos anteriores à Primeira Guerra Mundial, as seguintes famílias chegaram à região de Edenwold: Baker, Brandt (de Satulmare), Brucker (Radautz-Bucovina), Fuchs, Gattinger (Satulmare), Groeb (Arbore), Hollerbaum, Kramer (Radautz), Kurtz (Alt-Fratautz), Lindenbach (Hliboka), Manz (Arbore), Missikewicz (Arbore), Nargang (Alt-Fratautz), Radmacher, Reichel (Hadikfalva), Renner, Sager (Petroutz), Schmahl (Czernowitz), Schmidt (Arbore), Tomashefski (Arbore), Triffo, Wirth (Satulmare), e Wolf (Satulmare).

O ano de 1892 marcou o início de alguns anos de seca e um fracasso na colheita motivou muitos a se mudar para as Dakotas (do Sul e Norte), Kansas e Texas. Homens que ficaram no Canadá cortaram muita lenha para levar a Regina (capital de Saskatchewan) e negociar por suprimentos e trabalharam em turmas de construção de estrada do governo para ganhar algum dinheiro. A imigração foi até 1899-1900 quando uma nova onda migratória começou.

A história da Igreja Luterana de São João, fundada em 1890, e sua filiada Congregaçào de São Paulo, fundada em 1913, é apresentada no livro St. John’s Evangelical Lutheran Church 1890-1900 (Igreja Luterana Evangélica de São João 1890-1900), editado por Dr. Richard Hordern e publicado para o centenário da Igreja de São João. O subtítulo do livro descreve seus conteúdos: “Traduções das histórias da primitiva igreja e informação sobre as primeiras famílias da congregação, trasladadas dos registros paroquiais de 1890 a 1927;  resgistros do trabalho dos primeiros pastores da Congregação de São João nas mais vastas áreas dos Distritos de Assiniboia e Saskatchewan (Territórios do Noroeste) 1890-1905, e mais tarde na Província de Saskatchewan; informação da história familiar, dos registros da paróquia de São João.”  Edenwold foi de fato o caminho inicial da migração de luteranos alemães e do trabalho missionário nos Territórios do Noroeste, de conformidade com Hordern.

Outras igrejas prestaram assistência espiritual à Comunidade imigrante e suas estórias separadas estão sumariadas no livro Where Aspens Whisper. (“Onde as alamedas sussurram”).  A Igreja Batista de Edenwold, que existiu de 1886 a 1968, foi atendida por um pastor de nome bucovino Armbruster nos meados dos anos 1940. A Igreja Adventista do Sétimo Dia, de Edenwold, fundada em 1900 pelas famílias Mang e Frombach, mais tarde incluíu as famílias Staudt, Sauer, Nargang, Flaman, Silzer, e Knoblauch. Desde então ela está fechada. A Missão Apostólica de Edenwold, que existiu desde 1921 até 1957, foi freqüentada pelas famílias Galenzoski, Sauer, Wirth e Knoblauch. A Igreja Católica Romana de Santa Maria, construída em 1937, tem sido a igreja das famílias Zurowski, Koch, Tomashefski, Fuchs, e outras.

Para mais informações sobre esta Comunidade de imigrantes, por favor leiam  os livros Where Aspens Whisper (Onde as alamedas sussurram) de Hannelore Frombach e  St. John’s Evangelical Lutheran Church 1890-1900, (A Igreja Luterana Evangélica de São João 1890-1900) editado por Dr. Richard Hordern. Pequisa adicional tem sido feita por Richard Carruthers-Zurowski, um descendente de imigrantes bucovinos em Saskatchewan, que contribuiu com dois artigos no livro German Emigration from Bukovina to the Americas (Emigração Alemã da Bucovina, para as Américas) editado por William Keel e Kurt Rein.

 IV. Yuma, Colorado/USA[xiv]

Começando em 1886-1887, alemães-boêmios deixaram Glitt, Lichtenberg, Arbore, e Solka, na Bukovina, viajando de trem, e de navio através do oceano, e então até o fim da linha da Estrada de Ferro, em McCook, Nebraska, ao Norte/Noroeste de Ellis, Kansas. Os imigrantes responderam a anúncios da estrada de ferro, de pacotes incluindo terras de agricultura baratíssimas, transporte em navio a vapor, e passagens gratuitas da estrada de ferro para seu destino. Os colonos boêmios passaram o inverno em McCook, e ouviram que em Yuma, Colorado, 125 milhas mais adiante para Oeste, (mais ou menos 225 km) o governo estava distribuindo terras para qualquer pessoa que desejasse viver nelas e cultivá-las. Em julho de 1887, imigrantess bucovinos como Andreas Schneller já  tinham protocolado uma declaração de intenção de se tornarem cidadãos americanos e já tinham construído uma casa de um pavimento medindo 14 por 16 pés (4.20m x 4.80m) em terrenos que eles haviam requerido. Outros imigrantes eram membros das famílias Landauer, Turner, Trunde, Schatz, Fuchs, Winkelbauer, Korf, Krenzer, Baehr, Kinkle, Kunzman, Floshing/Wlaschin, Hackel, Blach/Block, Mathies, Kortus, Hickey, Heinzel e Straub.

Yuma está localizada nas High Plains (Altas Planícies), em uma vasta estepe sem árvores. Primeiramente a comunidade bucovina imigrante prosperou porque as chuvas encheram os riachos e a relva ficou luxuriante e verde. Mas as chuvas acabaram em poucos anos, a tal ponto que os pioneiros enfrentaram a aridez e dificuldades financeiras em 1894. Em vista disto, alguns carregaram seus carroções e retornaram para Sutton, Nebraska, para se juntar aos parentes. Outros foram para o Sul, para Henrietta, no Texas, onde colheram algodão com escravos negros libertos e seus descendentes, e retornaram a Yuma poucos anos mais tarde. Outro contingente de imigrantes juntou-se a Franz e Louise Hickey em Dorchester no Wisconsin do Norte central, mas foram embora novamente na primavera seguinte. Ao longo do caminho, um acidente forçou o comboio de carroções deste grupo a parar em Mason City, Iowa, onde alguns permaneceram enquanto os outros continuaram para Montrose, Iowa, e de lá para Sudeste, para Olpe, no Kansas. Um grupo de Yuma, incluindo alguns que haviam retornado de Henrietta, mudou-se para Oregon.

Hoje em Yuma ainda podem ser encontrados descendentes dos pioneiros, embora a maioria esteja dispersa através dos Estados Unidos. Alguns foram procurados e gravaram estórias de seus ancestrais. Paul Polansky, por exemplo, pode contar a vocês sobre sua trisavó, Theresia Maurer Schneller, que nasceu em Seewiesen, na Boêmia, em 1823, casou-se com Josef Schneller em Fürstental, na Bucovina, em 1840, e emigrou para Yuma no Colorado, em 1892 com a idade de 69 anos. De acordo com relatos orais, ela era cega, doente e ocasionalmente vagueava sozinha na pradaria. Seu genro e a filha, Paulo e Catharina Schneller Landauer, deixaram-na com o irmão dele quando se mudaram para Oregon em 1905. Não foram encontrados registros da morte dela ou de seu enterro, mas aparentemente morreu em 1907. Paul Polansky uma vez entrevistou um morador de Yuma que sabia o local dos túmulos não identificados de José e Theresia. Este homem disse que alguns anos antes da morte deles um projeto de construção de uma grande rodovia necessitou realocar o cemitério e mostrou a ele onde os túmulos estavam então. 

A vida de Theresia levou-a através do Império Austro – Húngaro e depois através do Oceano Atlântico até aos Estados Unidos. Como menina brincou na Floresta da Boêmia (Böhmerwald); como jovem mulher casou-se e criou a família aos pés das montanhas dos Cárpatos. Sua vida terminou na escuridão, nas vastas High Plains (Altas Planícies) sem árvores. Os que lembram dela, tinham meios para registrar a longa jornada de sua vida.

O filho de Theresia, Andreas Schneller, mencionado acima, deixou Yuma em 1894 e foi para Dorchester. Quando o comboio de carroças parou em Mason City em 1895, o filho de Andreas, Edward, casou-se com uma imigrante alemã-russa Mathilde Redler e preferiu ficar lá. Mas Andreas foi adiante. Juntou-se a famílias bucovinas em Olpe, no Kansas, onde seu primeiro negócio, uma fazenda alugada, faliu. Sua segunda tentativa, uma criação de galinhas, terminou em desastre, quando as aves morreram de cólera. Ele mudou-se novamente, desta vez para as proximidades de Emporia, onde tentou ser vendedor de porta em porta, quando, em primeiro de janeiro de 1905, cometeu suicídio.

Uma parte interessante da história de Yuma é que ela parece ter sido o lugar da primeira Sociedade Bucovina, há mais de cem anos. Eles se reuniam aos domingos, usualmente numa casa de fazenda, para compartilhar a refeição, cartas da antiga pátria e fotografias. Fotos tiradas em Yuma foram encontradas em casas da Bucovina, nos anos 1970, quando Paul Polansky viajou para lá. Em Solka, ele igualmente encontrou um velho homem que tinha nascido em Petersburg, Nebraska, e retornou para a Bucovina com seus pais quando ele tinha cerca de 8 anos. Este homem, que tinha mais de 90 anos, ainda falava alguma coisa de inglês e falou sobre a vida pioneira em Nebraska. As pessoas do lugar se referiam a ele como “o americano”.

 

V. Lewis County, Washington/USA[xv]

 

Começando em 1886-1887, alemães-boêmios deixaram Glitt, Lichtenberg, Arbore, e Solka, na Bukovina, viajando de trem, e de navio através do oceano, e então até o fim da linha da Estrada de Ferro, em McCook, Nebraska, ao Norte/Noroeste de Ellis, Kansas. Os imigrantes responderam a anúncios da estrada de ferro, de pacotes incluindo terras de agricultura baratíssimas, transporte em navio a vapor, e passagens gratuitas da estrada de ferro para seu destino. Os colonos boêmios passaram o inverno em McCook, e ouviram que em Yuma, Colorado, 125 milhas mais adiante para Oeste, (mais ou menos 225 km) o governo estava distribuindo terras para qualquer pessoa que desejasse viver nelas e cultivá-las. Em julho de 1887, imigrantess bucovinos como Andreas Schneller já  tinham protocolado uma declaração de intenção de se tornarem cidadãos americanos e já tinham construído uma casa de um pavimento medindo 14 por 16 pés (4.20m x 4.80m) em terrenos que eles haviam requerido. Outros imigrantes eram membros das famílias Landauer, Turner, Trunde, Schatz, Fuchs, Winkelbauer, Korf, Krenzer, Baehr, Kinkle, Kunzman, Floshing/Wlaschin, Hackel, Blach/Block, Mathies, Kortus, Hickey, Heinzel e Straub.

Yuma está localizada nas High Plains (Altas Planícies), em uma vasta estepe sem árvores. Primeiramente a comunidade bucovina imigrante prosperou porque as chuvas encheram os riachos e a relva ficou luxuriante e verde. Mas as chuvas acabaram em poucos anos, a tal ponto que os pioneiros enfrentaram a aridez e dificuldades financeiras em 1894. Em vista disto, alguns carregaram seus carroções e retornaram para Sutton, Nebraska, para se juntar aos parentes. Outros foram para o Sul, para Henrietta, no Texas, onde colheram algodão com escravos negros libertos e seus descendentes, e retornaram a Yuma poucos anos mais tarde. Outro contingente de imigrantes juntou-se a Franz e Louise Hickey em Dorchester no Wisconsin do Norte central, mas foram embora novamente na primavera seguinte. Ao longo do caminho, um acidente forçou o comboio de carroções deste grupo a parar em Mason City, Iowa, onde alguns permaneceram enquanto os outros continuaram para Montrose, Iowa, e de lá para Sudeste, para Olpe, no Kansas. Um grupo de Yuma, incluindo alguns que haviam retornado de Henrietta, mudou-se para Oregon.

Hoje em Yuma ainda podem ser encontrados descendentes dos pioneiros, embora a maioria esteja dispersa através dos Estados Unidos. Alguns foram procurados e gravaram estórias de seus ancestrais. Paul Polansky, por exemplo, pode contar a vocês sobre sua trisavó, Theresia Maurer Schneller, que nasceu em Seewiesen, na Boêmia, em 1823, casou-se com Josef Schneller em Fürstental, na Bucovina, em 1840, e emigrou para Yuma no Colorado, em 1892 com a idade de 69 anos. De acordo com relatos orais, ela era cega, doente e ocasionalmente vagueava sozinha na pradaria. Seu genro e a filha, Paulo e Catharina Schneller Landauer, deixaram-na com o irmão dele quando se mudaram para Oregon em 1905. Não foram encontrados registros da morte dela ou de seu enterro, mas aparentemente morreu em 1907. Paul Polansky uma vez entrevistou um morador de Yuma que sabia o local dos túmulos não identificados de José e Theresia. Este homem disse que alguns anos antes da morte deles um projeto de construção de uma grande rodovia necessitou realocar o cemitério e mostrou a ele onde os túmulos estavam então. 

A vida de Theresia levou-a através do Império Austro – Húngaro e depois através do Oceano Atlântico até aos Estados Unidos. Como menina brincou na Floresta da Boêmia (Böhmerwald); como jovem mulher casou-se e criou a família aos pés das montanhas dos Cárpatos. Sua vida terminou na escuridão, nas vastas High Plains (Altas Planícies) sem árvores. Os que lembram dela, tinham meios para registrar a longa jornada de sua vida.

O filho de Theresia, Andreas Schneller, mencionado acima, deixou Yuma em 1894 e foi para Dorchester. Quando o comboio de carroças parou em Mason City em 1895, o filho de Andreas, Edward, casou-se com uma imigrante alemã-russa Mathilde Redler e preferiu ficar lá. Mas Andreas foi adiante. Juntou-se a famílias bucovinas em Olpe, no Kansas, onde seu primeiro negócio, uma fazenda alugada, faliu. Sua segunda tentativa, uma criação de galinhas, terminou em desastre, quando as aves morreram de cólera. Ele mudou-se novamente, desta vez para as proximidades de Emporia, onde tentou ser vendedor de porta em porta, quando, em primeiro de janeiro de 1905, cometeu suicídio.

Uma parte interessante da história de Yuma é que ela parece ter sido o lugar da primeira Sociedade Bucovina, há mais de cem anos. Eles se reuniam aos domingos, usualmente numa casa de fazenda, para compartilhar a refeição, cartas da antiga pátria e fotografias. Fotos tiradas em Yuma foram encontradas em casas da Bucovina, nos anos 1970, quando Paul Polansky viajou para lá. Em Solka, ele igualmente encontrou um velho homem que tinha nascido em Petersburg, Nebraska, e retornou para a Bucovina com seus pais quando ele tinha cerca de 8 anos. Este homem, que tinha mais de 90 anos, ainda falava alguma coisa de inglês e falou sobre a vida pioneira em Nebraska. As pessoas do lugar se referiam a ele como “o americano”.

 

VI. Urban Migration: Chicago and New York

Johann Christian Dressler, por longo tempo professor na escola de Illischestie, observou que nos cem anos que se seguiram à chegada dos alemães a Illischestie, havia 657 casos de emigração envolvendo 1301 pessoas listadas nos livros da igreja de Illischestie. Deste total, 374 emigraram para a América do Norte e 47 para a América do Sul, principalmente para o Brasil. Vocês podem estar interessados nos nomes de oito famílias que vieram para o Brasil e no ano em que emigraram. Os imigrantes são Philipp Hassel (1888), Friedrich Keller (1888), Johann Roos (1887), Valentin Rumpel (1888), Josef Sauer (emigrado para a Bósnia em 1895 e depois passou um ano na Alemanha antes de vir para o Brasil), Johann Staudt (1888), Jakob Wendling (1889) e Johann Wendling (1888). )[xvi]

Dressler faz uma listagem dos emigrantes para a América do Norte em sua história da vila de Illischestie, Chronik der bukowiner Landgemeinde Illischestie, páginas 357 a 361. Naperville, a curta distância a Oeste de Chicago, foi a terra natal dos imigrantes Duhai e Kelsch. A própria cidade de Chicago foi citada relativamente às famílias Duhai, Fritz, Hofmann, Irion, Kelsch, Knieling, Mai, Presser, Wagner, Wendling, e Zachmann.

É desafiante seguir os passos dos imigrantes nas regiões urbanas da América e ainda há muito o que se fazer neste sentido. Quando eu morei em Kansas, duas mulheres vieram visitar o Cemitério de São João. Elas disseram que eram de Naperville, Illinois, e estavam em viagem através do país, em visita às comunidades bucovinas. Apesar de eu não perguntar por seus nomes e endereços, alguns anos mais tarde eu as localizei escrevendo para uma igreja luterana em Naperville. O pastor respondeu informando que a comunidade bucovina em Naperville estava centrada na Igreja Unida de Cristo São João. Eu escrevi ao pastor daquela igreja que identificou as mulheres Eva Hammann Bauman e Clementina Hammann Matter. Apesar de Eva já haver morrido, Clementina lembrava-se da viagem e de mim. Ela me apresentou a sua irmã sobrevivente Wilhelmina Hamann Stininger, e ambas gentilmente me receberam na comunidade de Naperville em 1990. Werner Zoglauer, membro de nossa diretoria internacional da Bukovina Society ativamente envolvido em registros genealógicos informatizados, também faz parte desta comunidade.

As pessoas bucovinas que imigraram para lugares como Chicago, Naperville, e New York City antes da Primeira Guerra Mundial, acharam trabalho em lojas, fábricas e em negócios, muitas vezes com empregados que falavam alemão. Muitos não conseguiam exercer os ofícios ou ocupações a que se dedicavam na Bucovina e por necessidade, tiveram que aprender novos ofícios. Tipicamente eram mulheres e homens jovens e solteiros ou homens casados que deixaram suas mulheres e filhos na Bucovina enquanto preparavam o caminho para eles nos Estados Unidos. Em sua pesquisa publicada, Dra. Sophie Welisch observou que estes imigrantes se tornaram padeiros, pedreiros, maquinistas, marinheiros, açougueiros e alfaiates.

Depois de terminada a Primeira Guerra Mundial e a Bucovina ajustada às severidades da vida sob a soberania romena, uma nova onda de emigração começou para a América urbana. Estas novas vindas encontraram melhores salários e condições de trabalho do que os que os antecederam. Desafortunadamente isto terminou em poucos anos quando a Grande Depressão causou enormes prejuízos financeiros, desemprego e privações.

Um último grupo de imigrantes bucovinos chegou depois da 2a. Guerra Mundial. Estes foram reassentados em território alemão em 1940 e terminaram a guerra como pessoas apátridas. Alguns adotaram a cidadania americana ou constituíram família logo em seguida, com a qual puderam conviver nos Estados Unidos. Outros entraram nesse país em grupos de família depois que o sistema de quotas foi liberado em 1952.

A Dra. Sophie Welisch, que participa deste evento, pode conversar com vocês sobre estes imigrantes com maiores detalhes. Vocês também estarão interessados em ler os vários trabalhos bem pesquisados e bem escritos que ela publicou sobre a gente bucovina.

 

VII. The Bukovina Society of the Americas 

Johann Christian Dressler, por longo tempo professor na escola de Illischestie, observou que nos cem anos que se seguiram à chegada dos alemães a Illischestie, havia 657 casos de emigração envolvendo 1301 pessoas listadas nos livros da igreja de Illischestie. Deste total, 374 emigraram para a América do Norte e 47 para a América do Sul, principalmente para o Brasil. Vocês podem estar interessados nos nomes de oito famílias que vieram para o Brasil e no ano em que emigraram. Os imigrantes são Philipp Hassel (1888), Friedrich Keller (1888), Johann Roos (1887), Valentin Rumpel (1888), Josef Sauer (emigrado para a Bósnia em 1895 e depois passou um ano na Alemanha antes de vir para o Brasil), Johann Staudt (1888), Jakob Wendling (1889) e Johann Wendling (1888).

Dressler faz uma listagem dos emigrantes para a América do Norte em sua história da vila de Illischestie, Chronik der bukowiner Landgemeinde Illischestie, páginas 357 a 361. Naperville, a curta distância a Oeste de Chicago, foi a terra natal dos imigrantes Duhai e Kelsch. A própria cidade de Chicago foi citada relativamente às famílias Duhai, Fritz, Hofmann, Irion, Kelsch, Knieling, Mai, Presser, Wagner, Wendling, e Zachmann.

É desafiante seguir os passos dos imigrantes nas regiões urbanas da América e ainda há muito o que se fazer neste sentido. Quando eu morei em Kansas, duas mulheres vieram visitar o Cemitério de São João. Elas disseram que eram de Naperville, Illinois, e estavam em viagem através do país, em visita às comunidades bucovinas. Apesar de eu não perguntar por seus nomes e endereços, alguns anos mais tarde eu as localizei escrevendo para uma igreja luterana em Naperville. O pastor respondeu informando que a comunidade bucovina em Naperville estava centrada na Igreja Unida de Cristo São João. Eu escrevi ao pastor daquela igreja que identificou as mulheres Eva Hammann Bauman e Clementina Hammann Matter. Apesar de Eva já haver morrido, Clementina lembrava-se da viagem e de mim. Ela me apresentou a sua irmã sobrevivente Wilhelmina Hamann Stininger, e ambas gentilmente me receberam na comunidade de Naperville em 1990. Werner Zoglauer, membro de nossa diretoria internacional da Bukovina Society ativamente envolvido em registros genealógicos informatizados, também faz parte desta comunidade.

As pessoas bucovinas que imigraram para lugares como Chicago, Naperville, e New York City antes da Primeira Guerra Mundial, acharam trabalho em lojas, fábricas e em negócios, muitas vezes com empregados que falavam alemão. Muitos não conseguiam exercer os ofícios ou ocupações a que se dedicavam na Bucovina e por necessidade, tiveram que aprender novos ofícios. Tipicamente eram mulheres e homens jovens e solteiros ou homens casados que deixaram suas mulheres e filhos na Bucovina enquanto preparavam o caminho para eles nos Estados Unidos. Em sua pesquisa publicada, Dra. Sophie Welisch observou que estes imigrantes se tornaram padeiros, pedreiros, maquinistas, marinheiros, açougueiros e alfaiates.

Depois de terminada a Primeira Guerra Mundial e a Bucovina ajustada às severidades da vida sob a soberania romena, uma nova onda de emigração começou para a América urbana. Estas novas vindas encontraram melhores salários e condições de trabalho do que os que os antecederam. Desafortunadamente isto terminou em poucos anos quando a Grande Depressão causou enormes prejuízos financeiros, desemprego e privações.

Um último grupo de imigrantes bucovinos chegou depois da 2a. Guerra Mundial. Estes foram reassentados em território alemão em 1940 e terminaram a guerra como pessoas apátridas. Alguns adotaram a cidadania americana ou constituíram família logo em seguida, com a qual puderam conviver nos Estados Unidos. Outros entraram nesse país em grupos de família depois que o sistema de quotas foi liberado em 1952.

A Dra. Sophie Welisch, que participa deste evento, pode conversar com vocês sobre estes imigrantes com maiores detalhes. Vocês também estarão interessados em ler os vários trabalhos bem pesquisados e bem escritos que ela publicou sobre a gente bucovina.

 

VIII. Summary

 

Cento e quinze anos atrás a gente Bucovina começou a emigrar para o Canadá, Estados Unidos e Brasil. O contato entre seus descendentes e seus primos na Europa tem sido renovado graças aos esforços da Associação Alemã-Bucovina de Cultura e a Sociedade Bucovina das Américas, com o apoio do Bukowina Institut, a Landsmannschaft de Buchenlanddeutschen (Bukowina) e. V. e a Kaindl-Gesellschaft. No próximo ano, nos dias 18 a 20 de julho de 2002, a Sociedade Bucovina realizará um encontro em conjunto com a Federação das Sociedades de História das Famílias do Leste Europeu em Regina, Saskatchewan, no Canadá. Nós esperamos encontrar alguns de vocês lá, especialmente o Dr. Celestino. Estas relações mutuamente benéficas prolongam a tradição multi étnica e multi confessional, herança que com certeza é a mais bela da Bucovina e o mais duradouro legado para nós todos. Obrigado a vocês, queridos amigos, pela participação nesta maravilhosa aventura!

 

Notas de fim:  


1. Irmgard Hein Ellingson, profesora, autora, conferencista, é filha de alemães deslocados da Volínia Ucraína depois da 2a. Guerra Muncial. Bacharelou-se em Ciências Políticas e História no Winona State College e fez mestrado em Artes, especialidade em História Congregacional no Seminário Teológico de Wartburg.  É membro fundadora e representante internacional da Bukovina Society of the Americas (Ellis, Kansas), membro constante da diretoria editorial do Journal of the American Historical Society of Germans from Russia (Lincoln, Nebraska), e representante dos EUA no depaartamento de publicações do Wandering Volhynians (Vancouver, British Columbia/Canada). Seus créditos em publicações incluem dois livros, The Bukovina Germans in Kansas: A 200-Year History of the Lutheran Swabians (Hays, Kansas: Fort Hays State University Ethnic Heritage Series, 1987) e Illischestie, A Rural Parish in Bukovina: Primary Source Material for Family History, traduzido de um manuscrito não publicado compilado por Johann Christian Dressler, e pequenos trabalhos em periódicos alemães, canadenses e americanos. Irmgard participou de convenções da Federation of East European Family History Societies assim como da AHSGR, da Bukovina Society, da Polish Genealogical Society of America, da Czechoslovak Genealogical Society International, e de outros grupos locais e estaduais. Trabalhou em arquivos checos, alemães, austríacos, canadenses e americanos, mas especialmente, teve encontros com parentes da Rússia, Casaquistão, Polônia, República Checa e Alemanha. Suas pesquisas no Centro Documental de Berlin faciliaataram a emigração da Rússsia para a Alemanha, em 1999, de sua tia e primos.

2. Petersen, Carl, et. al. Handwörterbuch des Grenz- und Auslanddeutschtums (Breslau, Germany: Ferdinand Hirt, 1933), 616.

3. . Para maiores detalhes, veja os comentários do Dr. Rein em German Emigration from Bukovina to the Americas (Lawrence, Kansas: Max Kade Center for German-American Studies, The University of Kansas, 1996), 56-57.

4. O trabalho de Cutler pode ser encontrado em http://www.ukans.edu/carrie/kancoll/books/cutler. Veja o contato eletrônico Ellis County. para maiores informações.

5. Mais detalhes em “Adaptation and Contributions of Bukovinians to the New Homeland: The Bukovina Germans of West-Central Kansas” by James L. Forsythe e Helmut J. Schmeller, e em “From Mitteleuropa to Middle America: The Migration and Adaptation of the Bukovina Germans to Kansas” por Normal E. Saul. Ambos os artigos aparecem em German Emigration from German Emigration from Bukovina to the Americas.

6. Veja seu estudo de 1983 entitulado Buried Ties to the “Old Country” (Não publicado), página III..

8. Uma fotografia da igreja, a descrição física e a história, podem ser vistas no endereço eletrônico (site):  http://www.lasr.net/leisure/kansas/ellis/attractions.html.

9. Veja seu texto: “Catholic Bohemian Germans in Kansas” em German Emigration from Bukovina to the Americas, pag. 80.

10. A entrevista foi publicada no livro de Windholz The Erberts, pag. 18. Informações sobre as famílias Hoffmann e  Zehaczek aparecem em minha tradução do trabalho de Johann Christian Dressler Illischestie, A Rural Parish in Bukovina, Primary Source Material for Family History, pp. 139-140.

11. V. o trabalho de  Richard Carruthers-Zurowski, “Between Imperial Hinterlands: Canada’s Bukovina German Immigrants 1885-1914,” em German Emigration from Bukovina to the America, particularmente as pp. 130-131

12. . O papel de Butz na imigração é analisado por Carruthers-Zurowski em “Between Imperial Hinterlands,” e por Hannelore Frombach em sua história da comunidade de Edenwold entitulada Where Aspens Whisper.

13. Para uma visão da história pioneira de Edenwold, veja Where Aspens Whisper. Listas de imigrantes aparecem nas páginas 15 e 16.  

14. . Material nesta secção foi sintetizado pela pesquisa de Paul Polansky, que tem sido compartilhado generosamente comigo no decorrer 13 anos de amizade.. Seu artigo “Migration of Bukovina Germans to North America” apareceu no Journal of the American Historical Society of Germans from Russia, Vol. 11, No. 4, Winter 1988. Eu incluí a história de Theresia Maurer Schneller no meu artigo “Bukovina Networking,” publicado no FEEFHS Quarterly (Salt Lake City, Utah) in 2000..

15. O que vem em seguida foi baseado na pesquisa publicada por Mary Lee Rose de Olympia, Washington, cujo entusiasmo, generosidade e calorosa hospitalidade são muito apreciados.

16. As estatísticas de Dressler foram citadas em Chronik der Bukowiner Landgemeinde Illischestie, páginas 347, 348, e 361..

Bibliografia

Becker, Maria Lang; Jensen, Larry R.; Welisch, Sophie A. The Bori Story: Genealogia das Famílias Alemãs-Boêmias que em 1835 fundaram Bori na Bucovina (agora na Romênia) com a História da Vila e de seu Povo.

Dressler, Johann Christian. Chronik der Bukowiner Langemeinde Illischestie (Freilassing: Pannonia-Verlag, 1960).

Dressler, Johann Christian; Ellingson, Irmgard Hein, transl. Illischestie, A Rural Parish in Bukovina: Primary Source Material for Family History (Decorah, Iowa: printed by Anundsen Publishing Company, 1993).

Ellingson, Irmgard Hein. The Bukovina Germans in Kansas: A 200-Year History of the Lutheran Swabians (Hays, Kansas: Fort Hays State University, 1987).

Ellingson, Irmgard Hein “Bukovina Networking” in FEEFHS Quarterly 2000 (Salt Lake City).

Frombach, Hannelore. Where Aspens Whisper (Edenwold Anniversary Committee: 1981).

Hordern, Dr. Richard, ed. St. John’s Evangelical Lutheran Church 1890-1900 (Edenwold: 1990).

Keel, William, and Rein, Kurt, ed. German Emigration from Bukovina to the Americas (Lawrence: Max Kade Center for German-American Studies, The University of Kansas, 1996).

Langley, Eileen E. Buried Ties to the “Old Country” (Ellis, Kansas: self-published, 1983).

Polansky, Paul J. Speech presented to the Kaindl-Gesellschaft of the Landsmannschaft der Buchenlanddeutschen (Bukowina) e.V., (Augsburg: 6 June 1987). Revised and published as “Migration of Bukovina Germans to North America” in Journal of the American Historical Society of Germans from Russia, Vol. 11, No. 4 (Lincoln, Nebraska: Winter 1988), 27-34.

Rose, Mary Lee. “The Bukovina Germans in Lewis County, Washington” in Seattle Genealogical Society Bulletin, Volume 44, Number 4 – Summer 1995, pages 171-177. Encontra-se também no web site da Bukovina Society of the Americas.

Welisch, Sophie. A. “Bukovina-German Pioneers in Urban America.” Journal of the American Historical Society of Germans From Russia, Vol. 12, No. 1 (Lincoln, Nebraska: spring 1989), pp. 19 - 26. Encontra-se também no web site da Bukovina Society of the Americas.

Windholz, Oren. Bohemian Germans in Kansas: A Catholic Community From Bukovina (Hays, KS: publicado pelo autor, Julho de 1993).

Windholz, Oren. The Erberts: A German Catholic Family in Austria, from Bohemia, through Bukovina, to America (publicalção prself-published, n.d.)

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